Para o bem ou para o mal, essas tecnologias e dispositivos transformaram nossas vidas no último quarto de século.

Se 1995 parece distante, é porque realmente é. Naquela época, o DVD player era a grande novidade no entretenimento, os celulares eram grandes e serviam basicamente apenas para fazer chamadas, e acessar a internet era uma experiência lenta e limitada aos computadores de mesa. Também foi o ano em que a CNET começou a publicar notícias e análises sobre tecnologia.
Desde então, a tecnologia mudou drasticamente. Alguns argumentam que ela melhorou nossas vidas, nos mantendo mais conectados à informação, ao entretenimento e uns aos outros. Outros defendem que ela trouxe desafios e impactos negativos. Independentemente da visão, algumas inovações redefiniram completamente o mundo moderno. Aqui estão 25 avanços tecnológicos que marcaram os últimos 25 anos.
Tecnologias que Mudaram o Mundo
1 – Apple iPhone
Embora não tenha sido o primeiro smartphone, a Apple revolucionou a indústria com o lançamento do iPhone em 2007. Redes sociais, mensagens instantâneas e a internet móvel não seriam tão poderosas e difundidas se não tivessem sido retiradas dos limites do computador de mesa e otimizadas para o iPhone e seus concorrentes.
Equipados com recursos avançados e capazes de executar milhares de aplicativos, os smartphones reuniram funcionalidades inéditas em um único dispositivo. A revolução móvel também decretou o fim de várias tecnologias que antes eram indispensáveis, como câmeras digitais compactas, aparelhos de GPS automotivo, filmadoras, agendas eletrônicas (PDAs) e tocadores de MP3. Hoje, usamos o smartphone para fazer compras, como lanterna e, às vezes, até para fazer ligações. Ele se tornou o canivete suíço da tecnologia.
Atualmente, mais de 3,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo possuem um smartphone, quase metade da população global. Você pode até estar lendo este artigo diretamente do seu.

2 – Wi-Fi
Os smartphones e a internet que usamos hoje não seriam possíveis sem tecnologias de comunicação sem fio como o Wi-Fi. Em 1995, para navegar na internet em casa, era preciso conectar-se a um cabo de rede, o que limitava a mobilidade. Em 1997, o Wi-Fi foi inventado e disponibilizado para os consumidores, permitindo que, com um roteador e um adaptador para notebook, pudéssemos nos desconectar dos cabos e acessar a internet de qualquer lugar da casa ou do escritório.
Ao longo dos anos, o Wi-Fi ficou progressivamente mais rápido e foi integrado a computadores, dispositivos móveis e até automóveis. Hoje, ele se tornou tão essencial para nossas vidas pessoais e profissionais que é raro encontrar uma residência ou espaço público sem essa tecnologia.

3 – Internet das Coisas (IoT)
O Wi-Fi não serviu apenas para acessar e-mails ou tornar visitas familiares menos entediantes. Ele possibilitou a criação de inúmeros dispositivos que se conectam e compartilham informações automaticamente, formando um sistema conhecido como Internet das Coisas (IoT). O termo foi cunhado em 1999, mas a adoção pelos consumidores só ganhou força na última década.
Atualmente, há dezenas de bilhões de dispositivos conectados à internet em todo o mundo, permitindo tarefas como acender luzes remotamente, monitorar câmeras de segurança e até receber alertas quando o leite acaba na geladeira. Além disso, a IoT tem aplicações industriais importantes, incluindo o setor de saúde e a gestão de serviços urbanos.
O investimento em tecnologias de Internet das Coisas deve atingir US$ 248 bilhões este ano, mais que o dobro do valor gasto há três anos. Em cinco anos, o mercado de IoT deve ultrapassar US$ 1,5 trilhão, consolidando-se como uma das maiores revoluções tecnológicas do século.

4 – Assistentes de Voz
Para muitos consumidores, o assistente de voz é o coração da casa inteligente. Dispositivos como Alexa, do Amazon Echo, Google Assistant e Siri, da Apple, não apenas controlam gadgets domésticos, mas também fornecem previsões do tempo, leem notícias e tocam músicas de diversos serviços de streaming, entre milhares de outras funções.
Em 2019, havia mais de 3,25 bilhões de assistentes de voz em uso no mundo, e esse número deve ultrapassar 8 bilhões até 2023. No entanto, esses dispositivos também geram preocupações com privacidade, pois funcionam como microfones conectados à internet que transmitem conversas para os servidores da Amazon, Google ou Apple. As três empresas já admitiram que contratam humanos para ouvir trechos de conversas com o objetivo de melhorar a precisão dos assistentes.

5 – Bluetooth
Outra tecnologia sem fio indispensável é o Bluetooth, um protocolo de comunicação de curto alcance que conecta dispositivos. Introduzido ao mercado em 1999, o Bluetooth foi inicialmente desenvolvido para conectar celulares a headsets sem fio, permitindo que as pessoas realizassem chamadas enquanto mantinham as mãos livres, por exemplo, ao dirigir.
Desde então, a tecnologia se expandiu para conectar fones de ouvido, caixas de som portáteis, aparelhos auditivos, teclados e mouses sem fio a smartphones, computadores e até sistemas de som automotivos. Além disso, pulseiras fitness transmitem dados para celulares via Bluetooth, e a tecnologia é usada em casas inteligentes, permitindo o desbloqueio de fechaduras ou a transmissão de áudio para lâmpadas com alto-falantes embutidos.
Entre 2012 e 2018, o número de dispositivos habilitados com Bluetooth quase triplicou, chegando a 10 bilhões no mundo.

6 – VPN (Rede Virtual Privada)
A VPN (Virtual Private Network) é uma tecnologia que cria um túnel criptografado para transferir dados na internet, garantindo maior segurança. Criada em 1996, a VPN foi inicialmente usada quase exclusivamente por empresas, permitindo que funcionários remotos acessassem a intranet corporativa de forma segura.
Desde então, o uso de VPNs cresceu consideravelmente. Em 2018, cerca de um quarto dos usuários de internet já utilizava esse recurso. Atualmente, as VPNs são amplamente usadas para proteger a privacidade online, contornar censura em países sem internet livre e acessar conteúdos de streaming bloqueados por restrição geográfica.

7 – Bitcoin
O Bitcoin é uma criptomoeda digital que ganhou fama devido à sua rápida valorização e queda vertiginosa. Em 1º de janeiro de 2017, ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1.000 e atingiu um pico de US$ 19.000 em dezembro do mesmo ano, antes de perder 50% de seu valor nos primeiros meses de 2018.
O Bitcoin é descentralizado e baseado em criptografia, combinando tecnologia, moeda, matemática, economia e dinâmicas sociais. Sua principal característica é o anonimato: em vez de usar nomes, documentos fiscais ou números de identidade, as transações são autenticadas por chaves criptográficas.
As transações são registradas em um livro digital distribuído, atualizado por computadores que executam um software especial. Esses computadores, chamados de mineradores, competem entre si para validar transações e criar novos blocos na blockchain. No entanto, a mineração de bitcoins exige enorme poder computacional, tornando-se cada vez mais difícil e cara.

8 – Blockchain
Mais importante que o Bitcoin é a blockchain, a tecnologia de criptografia que sustenta a criptomoeda. Funcionando como um livro digital descentralizado e seguro, a blockchain está sendo adotada por diversas startups para aplicações que vão além das criptomoedas, incluindo votação eletrônica, verificação de identidade, pagamentos de benefícios sociais, busca de empregos e contratos inteligentes.
O potencial da blockchain é gigantesco. A empresa de análise Gartner estima que a tecnologia gerará US$ 176 bilhões em valor para os negócios até 2025 e poderá ultrapassar US$ 3,1 trilhões até 2030.

9 – MP3
O entretenimento se tornou muito mais portátil no último quarto de século, em grande parte devido à introdução das tecnologias de compressão MP3 e MP4. A pesquisa sobre codificação de áudio de alta qualidade com baixa taxa de bits começou na década de 1970, com o objetivo de compactar arquivos de áudio sem perda significativa de qualidade. O padrão MP3 que conhecemos hoje surgiu nos anos 1990, mas o primeiro reprodutor de MP3 portátil só chegou ao mercado em 1998, quando a empresa sul-coreana Saehan lançou o MPMan, um dispositivo de memória flash que armazenava cerca de 12 músicas.
A popularidade do formato explodiu em 1999, quando o estudante Shawn Fanning, de 19 anos, criou o software que possibilitou o Napster, um dos primeiros serviços de compartilhamento de arquivos. A plataforma permitia que usuários trocassem arquivos MP3 gratuitamente pela internet, o que impactou significativamente os lucros da indústria fonográfica e levou a processos judiciais que resultaram no fechamento do Napster. No entanto, o MP3 ajudou a criar um novo mercado para a música digital, dando origem a serviços de streaming como Spotify, Apple Music e muitos outros.

10 – Reconhecimento Facial
O reconhecimento facial é uma tecnologia emergente que está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas. Trata-se de uma forma de autenticação biométrica que usa as características do rosto para verificar a identidade de uma pessoa.
Essa tecnologia já é utilizada para desbloquear dispositivos e organizar fotos em álbuns digitais, mas suas aplicações mais amplas podem ser voltadas para vigilância e marketing. Câmeras conectadas a bancos de dados de reconhecimento facial contendo milhões de fotos de fichas policiais e carteiras de motorista são utilizadas para identificar suspeitos. Além disso, no setor de varejo, essa tecnologia pode reconhecer rostos e sugerir produtos personalizados quando um cliente entra em uma loja.
No entanto, o reconhecimento facial também gera preocupações com privacidade, incluindo excesso de monitoramento por parte das autoridades, vieses raciais nos algoritmos e vulnerabilidades de segurança que podem ser exploradas por hackers. Além disso, muitos sistemas não são totalmente precisos, o que pode levar a erros graves.
Apesar dessas questões, o mercado de reconhecimento facial continua crescendo rapidamente. Nos Estados Unidos, o setor deve aumentar de US$ 3,2 bilhões em 2019 para US$ 7 bilhões até 2024.

11 – Inteligência Artificial
A inteligência artificial (IA), que antes era apenas um conceito de ficção científica, tornou-se uma das tecnologias mais impactantes da atualidade. Além de ser a base do reconhecimento facial, a IA está ajudando a resolver problemas complexos em transporte, varejo e saúde—por exemplo, identificando casos de câncer de mama que passariam despercebidos por médicos humanos.
Na internet, a IA já é usada em diversas aplicações, como reconhecimento de voz, filtragem de spam e personalização de conteúdo. O setor do entretenimento também está adotando essa tecnologia: a Warner Bros. anunciou planos para utilizar IA na análise de possíveis roteiros e na escolha de quais filmes produzir.
Entretanto, há preocupações sobre o desenvolvimento de um futuro distópico, especialmente com o avanço de armas autônomas, como drones de guerra, sistemas de defesa antimísseis e robôs de patrulha. Empresas e especialistas da área já pedem regulamentações para evitar o uso indevido dessas tecnologias, incluindo ferramentas como os deepfakes, que criam vídeos falsos extremamente realistas, podendo manipular discursos políticos e espalhar desinformação.

12 – Drones
Os drones passaram por uma enorme transformação nos últimos anos. Inicialmente considerados apenas gadgets para entusiastas, esses dispositivos não tripulados agora desempenham um papel fundamental em diversos setores, sendo usados para filmar cenas de filmes, entregar pacotes em áreas de difícil acesso, inspecionar obras e até pulverizar pesticidas em plantações.
Os drones variam de pequenos quadricópteros barulhentos a miniaviões capazes de transportar cargas. Na fronteira entre os Estados Unidos e o México, por exemplo, a patrulha de fronteira usa drones militares Predator, que custam US$ 16 milhões cada e podem voar a mais de 14 km de altitude, equipados com radares tão potentes que conseguem detectar pegadas na areia.
No futuro próximo, drones poderão se tornar táxis aéreos pessoais e desempenhar tarefas vitais, como entrega de medicamentos, operações de busca e resgate e combate a incêndios. O céu, literalmente, pode se encher dessas máquinas inteligentes nos próximos anos.

13 – Kits de Teste de DNA
Com um simples cotonete na bochecha ou uma amostra de saliva, os kits de teste de DNA revolucionaram a maneira como entendemos nossa ancestralidade, identificamos parentes vivos ao redor do mundo, determinamos paternidade e até descobrimos predisposições genéticas para doenças e condições de saúde específicas.
Nos últimos anos, esses kits se tornaram mais acessíveis e populares. Um dos principais usuários dessa tecnologia são as forças de segurança, que têm utilizado testes de DNA para resolver casos de homicídio, estupro e agressão, alguns deles arquivados há décadas.
O método usado, chamado genealogia genética, permite comparar amostras de DNA com bancos de dados genéticos para identificar possíveis suspeitos, que depois são submetidos a testes mais detalhados. No entanto, essa prática levanta preocupações sobre privacidade, já que depende do acesso a grandes bases de dados genéticos, o que gera debates sobre o uso e a segurança dessas informações sensíveis.

14 – Computação Quântica
Empresas e governos estão investindo bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de computação quântica, apostando que a tecnologia abrirá novas possibilidades em química, logística, design de materiais, finanças, inteligência artificial e muito mais.
A computação quântica finalmente está demonstrando o potencial que cientistas vêm promovendo há décadas. Em 2019, o processador quântico Sycamore, do Google, completou uma tarefa em 200 segundos, algo que, segundo estimativas da própria empresa, levaria 10.000 anos para ser realizado pelo supercomputador mais rápido do mundo.
A Honeywell, empresa tradicional no setor de mainframes, prevê que o desempenho de seus computadores quânticos crescerá 10 vezes ao ano pelos próximos cinco anos, tornando-os 100.000 vezes mais rápidos até 2025. Se essas previsões se concretizarem, a computação quântica poderá revolucionar praticamente todos os setores da economia.

15 – Redes Sociais
O mundo digital era muito diferente há duas décadas. Quem viveu essa época pode se lembrar do Friendster, que surgiu em 2002 e permitia que usuários criassem perfis online e se conectassem com amigos da vida real. Mas tudo mudou em 2004, quando Mark Zuckerberg lançou uma rede social inicialmente restrita a universitários: o Facebook.
A plataforma foi aberta ao público em 2006 e rapidamente superou concorrentes como MySpace e Friendster, tornando-se a maior rede social do mundo. Atualmente, o Facebook não se limita apenas a conectar pessoas—seu verdadeiro negócio é a publicidade digital, que rendeu US$ 32 bilhões em receita no último ano.
Além disso, o Facebook abriu caminho para o surgimento de outras redes sociais, como Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok e WhatsApp, que revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam, compartilham fotos, encontram empregos e até realizam negócios. Hoje, o Facebook tem 2,37 bilhões de usuários ativos, o equivalente a quase um terço da população mundial.

16 – Impressão 3D
A impressão 3D—processo que permite criar objetos tridimensionais a partir de modelos digitais—é uma tecnologia que se aproxima cada vez mais do uso mainstream. Por anos, a ideia parecia ficção científica, mas os avanços recentes tornaram essa tecnologia acessível para consumidores e indústrias.
Inicialmente, a impressão 3D se destacou como uma ferramenta para prototipagem, permitindo que fabricantes testassem novos designs de forma rápida e eficiente. Hoje, a tecnologia permite produzir componentes plásticos mais leves que alternativas metálicas, além de formatos inviáveis para métodos tradicionais de fabricação.
Entre as aplicações mais notáveis estão:
- Capacetes de futebol americano com estruturas otimizadas para proteção;
- Tênis Adidas com solados personalizados feitos por impressão 3D;
- Programas da Porsche para criar assentos parcialmente impressos em 3D, adaptados ao corpo dos motoristas.
Muitos especialistas chamam a impressão 3D de a quarta revolução industrial. Segundo a consultoria Deloitte, o setor cresce cerca de 13% ao ano entre grandes empresas dos Estados Unidos, com investimentos projetados para atingir US$ 2 bilhões em 2020. A tendência é que a tecnologia continue expandindo sua presença em indústrias como medicina, construção civil, automotiva e aeroespacial nos próximos anos.

17 – Streaming de Vídeo
Há 25 anos, um novo formato de armazenamento de mídia estava revolucionando o entretenimento: o DVD. Com qualidade de imagem e som superiores às fitas VHS, além de ocuparem menos espaço, os DVDs rapidamente se tornaram o padrão para filmes e séries. Locadoras abandonaram o VHS, e serviços online, como Netflix, surgiram, permitindo que os clientes alugassem filmes sem sair de casa.
Então, a Netflix mudou tudo ao lançar seu serviço de streaming, permitindo que as pessoas assistissem a filmes e programas de TV pela internet. O público rapidamente se apaixonou pela conveniência do conteúdo sob demanda, iniciando o fenômeno do “corte do cabo”—a decisão de cancelar assinaturas de TV a cabo ou via satélite.
Com a chegada de Amazon Prime Video, Hulu, YouTube e outros serviços de streaming, cada vez mais consumidores cancelaram seus pacotes de TV tradicionais, levando ao fechamento de locadoras como a Blockbuster.
De acordo com a eMarketer, até o próximo ano, mais de um quinto das residências nos EUA terão cancelado seus serviços de TV a cabo ou satélite.

18 – Streaming de Música
Os discos de vinil ainda têm seu lugar entre os audiófilos, mas o futuro da música está no streaming. O streaming é barato (ou até gratuito, como no caso do Spotify e Pandora) e oferece um nível de conveniência que nenhum formato físico pode igualar.
O streaming já representa 85% do consumo de música nos EUA, um aumento de 7,6% em relação a 2018, segundo a BuzzAngle Music. Em 2019, o consumo de streaming de áudio sob demanda atingiu um recorde de 705 bilhões de streams, um aumento de 32% em relação ao ano anterior.
Segundo a RIAA, a receita total da indústria musical cresceu 13% em 2019, alcançando US$ 11,1 bilhões, com o streaming representando quase 80% desse total. No entanto, as vendas de álbuns caíram 23% no mesmo período, enquanto a venda de faixas individuais caiu 26%—um declínio ainda maior que o registrado no ano anterior.

19 – Aplicativos Móveis
Os aplicativos móveis transformaram completamente a maneira como consumimos mídia e nos comunicamos, desde notícias e serviços de streaming até redes sociais e mensagens instantâneas. Eles também impactaram nossa vida cotidiana, tornando mais fácil:
- Encontrar caronas sob demanda (Uber, Lyft);
- Reservar aluguel de curto e longo prazo (Airbnb);
- Pedir comida diretamente para casa (iFood, Rappi, DoorDash).
Atualmente, existem mais de 2 milhões de aplicativos na App Store da Apple, gerando cerca de US$ 50 bilhões em receita.

20 – Veículos Autônomos
A promessa dos veículos autônomos tem sido anunciada há mais de uma década. Defensores da tecnologia afirmam que, sem motoristas humanos, os carros serão mais seguros e confortáveis, especialmente em viagens longas.
Grandes empresas de tecnologia vêm desenvolvendo veículos autônomos há anos. A Waymo, empresa de carros autônomos da Alphabet (controladora do Google), já acumulou mais de 32 milhões de quilômetros rodados em vias públicas desde sua fundação em 2009.
Embora os carros totalmente autônomos possam demorar mais uma década para chegar às concessionárias, já estamos colhendo os frutos da tecnologia, com recursos como:
- Controle de cruzeiro adaptativo;
- Frenagem automática para evitar colisões;
- Estacionamento automático;
- Piloto automático;
- Assistente de permanência em faixa.
Com a evolução contínua dessas tecnologias, os carros autônomos podem estar mais próximos do que imaginamos.

21 – RFID (Identificação por Radiofrequência)
Os varejistas se apaixonaram pela tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID) há cerca de 20 anos, promovendo esses pequenos chips como uma maneira eficiente de controlar estoques e reduzir furtos, sem necessidade de contato físico com os itens etiquetados.
Hoje, as etiquetas RFID são utilizadas para uma grande variedade de aplicações, incluindo rastreamento de veículos, equipamentos de informática e livros. Além disso, são implantadas em animais de estimação para identificar seus donos, ajudando a localizar pets perdidos. Agricultores utilizam RFID para monitorar plantações e rebanhos, e a tecnologia também auxilia indústrias alimentícias no rastreamento da origem de produtos embalados.
A crescente demanda, especialmente na área da saúde, onde os chips são usados para monitorar pacientes e etiquetar medicamentos, tem impulsionado o mercado. O investimento global em RFID deve atingir US$ 17 bilhões nos próximos anos, mais do que o dobro dos US$ 8,2 bilhões investidos em 2018.

22 – Realidade Virtual
A realidade virtual (VR), que transporta os usuários para um mundo gerado por computador, vem sendo adotada por empresas de todos os portes. Antes restrita à ficção científica, como no filme Tron, da Disney, a tecnologia cresceu e se tornou uma indústria avaliada em US$ 18 bilhões.
Embora o setor de games tenha sido impulsionado pela realidade virtual, a tecnologia está se expandindo para outras áreas, incluindo:
- Educação, com simulações interativas para aprendizado;
- Saúde, auxiliando no treinamento médico e no tratamento de fobias;
- Arquitetura, permitindo que profissionais visualizem projetos antes da construção;
- Entretenimento, com filmes e experiências imersivas.
A tendência é que a realidade virtual continue evoluindo e impactando cada vez mais setores.

23 – Videoconferência
A pandemia de COVID-19 transformou a forma como interagimos com o mundo, e a videoconferência se tornou essencial. Até poucos meses antes da crise global, essa tecnologia talvez não fosse considerada tão impactante, mas agora ela é indispensável.
A videotelefonia existe desde os anos 1970, mas só se popularizou com a chegada da internet. Serviços gratuitos como Skype e iChat trouxeram a videoconferência para todas as partes do mundo durante os anos 2000, sendo amplamente adotada pelo setor corporativo, que percebeu a economia gerada com menos viagens e reuniões presenciais.
Com empresas e escolas adotando políticas de trabalho e estudo remoto, aplicativos de chamadas em vídeo explodiram em popularidade, permitindo que pessoas que nunca haviam usado essa tecnologia pudessem manter contato com amigos, familiares e colegas de trabalho.

24 – Cigarros Eletrônicos
Os cigarros eletrônicos, dispositivos movidos a bateria que vaporizam nicotina líquida, chegaram ao mercado americano há cerca de uma década, sendo promovidos como uma alternativa mais segura ao cigarro tradicional. No entanto, eles só começaram a ganhar tração em 2015, quando a Juul Labs lançou um vaporizador discreto do tamanho de um pendrive USB, rapidamente dominando a indústria.
No entanto, em 2019, começaram a surgir preocupações graves com a saúde. Um número crescente de usuários foi hospitalizado com sintomas respiratórios, como tosse e falta de ar, após o uso de cigarros eletrônicos. Até aquele ano, pelo menos 54 mortes haviam sido registradas devido ao consumo desses produtos.
A Juul foi processada por supostamente direcionar sua publicidade a jovens, incentivando o consumo entre adolescentes. Outras empresas do setor também enfrentam ações judiciais por motivos semelhantes. Como resposta às preocupações de saúde pública, São Francisco proibiu a venda de cigarros eletrônicos em junho de 2019.
O futuro dos cigarros eletrônicos continua incerto, com governos ao redor do mundo debatendo regulamentações mais rígidas para o setor.

25 – Ransomware
O primeiro ataque de ransomware remonta ao final dos anos 1980, mas essa forma de malware se tornou uma das maiores ameaças à cibersegurança desde 2005. O ransomware bloqueia o sistema de um usuário ou organização, impedindo o acesso aos dados até que um resgate seja pago, geralmente em bitcoin ou outra criptomoeda. Muitas vezes, os hackers ameaçam apagar ou divulgar os dados caso o pagamento não seja realizado.
Esse tipo de ataque se espalha como outros malwares, por meio de anexos de e-mail infectados, links maliciosos e brechas de segurança em sistemas desatualizados.
Os ataques de ransomware explodiram em 2019, atingindo quase 1.000 agências governamentais, instituições educacionais e hospitais apenas nos Estados Unidos. O impacto econômico estimado foi de US$ 7,5 bilhões, destacando o ransomware como uma das principais ameaças digitais da atualidade.
Com conteúdo do Cnet.

Luiza Fontes é apaixonada pelas tecnologias cotidianas e pelo impacto delas no nosso dia a dia. Com um olhar curioso, ela descomplica inovações e gadgets, trazendo informações acessíveis para quem deseja entender melhor o mundo digital.