Redes sociais: origem e evolução

O que uma teoria de 1929 do escritor húngaro Frigyes Karinthy tem a ver com a origem das redes sociais? Descubra neste artigo.

Embora pareça algo relativamente recente, precisamos voltar ao final do século 20 para encontrar as primeiras redes sociais, um fenômeno social que até possui um dia específico: 30 de junho.

Origem das redes sociais: a teoria dos seis graus

Em 1997, surgiu o SixDegrees, uma rede que permitia localizar diferentes pessoas criando listas de amigos, baseada na conhecida premissa de que é possível se conectar com qualquer pessoa no mundo em apenas seis passos.

O nome dessa primeira rede social vem justamente dos seis graus de separação, uma teoria proposta em 1929 pelo escritor húngaro Frigyes Karinthy em um conto chamado “Eslabones”. Sim, isso é anterior a Kevin Bacon.

Essa teoria, como já mencionamos, baseia-se na ideia de que qualquer habitante do planeta está conectado a outro por meio de cinco intermediários únicos, o que dá origem aos seis elos.

Esse conceito surge do fato de que os conhecidos de cada pessoa se multiplicam exponencialmente à medida que o número de elos na cadeia aumenta.

O século 21: o surgimento das redes sociais


Seria impossível listar todas as redes sociais existentes, então vamos nos limitar a algumas das mais significativas. O século 21 viu o surgimento do Friendster em 2002, seguido pelo MySpace e LinkedIn no ano seguinte.

Também desse período são o Facebook (criado em 2004), YouTube (em 2005) e Twitter (em 2006). Um pouco mais tarde veio o Instagram, em 2010, enquanto o TikTok, o mais recente grande fenômeno das redes sociais, surgiu em 2016.

Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas das mais representativas.

Facebook

O Facebook foi criado em 2004 por Mark Zuckerberg, um dos empreendedores tecnológicos que mudaram a história recente, enquanto ele ainda era estudante na Universidade de Harvard. Antes disso, ele havia lançado o Facemash, um portal que reunia nomes e fotos de estudantes da universidade e, embora tenha ficado ativo por apenas algumas horas, atraiu quase 500 usuários e movimentou mais de 20.000 fotos.

O crescimento dessa rede social começou quando estudantes de fora de Harvard puderam se registrar, com um grande salto acontecendo em 2006, embora alguns dos usuários originais tenham reclamado que parte da essência com que ela foi concebida havia se perdido.

Até 2021, a rede social compartilhava o mesmo nome da empresa, mas, naquele ano, foi renomeada para Meta, que também abriga outras redes sociais, como Instagram (adquirido em 2011) e WhatsApp (adquirido em 2011).

Em 2024, de acordo com o estudo Digital 2024, o Facebook é a rede social com mais usuários no planeta: 3 bilhões.

YouTube


Fundado por três engenheiros que se conheceram enquanto trabalhavam no PayPal (Jawed Karim, Steve Chen e Chad Hurley), o domínio foi ativado em 14 de fevereiro de 2005, e o primeiro vídeo, “Me at the Zoo”, estrelado por um dos cofundadores, Jawed Karim, foi enviado em 23 de abril de 2005.

No ano seguinte ao seu lançamento, o YouTube foi adquirido pelo Google por 1,65 bilhão de dólares.

Berço de inúmeros fenômenos virais, o uso do YouTube variou ao longo dos anos: de uma plataforma onde eram enviados clipes de programas de TV a um espaço para artistas lançarem seus videoclipes ou para transmissões ao vivo de apresentações e até mesmo eventos esportivos.

Atualmente, é a rede social com o segundo maior número de usuários no mundo, 2,5 bilhões, embora seja a que acumula mais tempo por sessão, com exatamente 7 minutos e 25 segundos.

X – anteriormente Twitter


O Twitter foi fundado em 2006 por Jack Dorsey e, por anos, foi caracterizado pela limitação de texto por postagem, inicialmente de 140 caracteres, que mais tarde foi ampliada para 280 caracteres por tweet.

Em outubro de 2022, o empresário Elon Musk comprou o Twitter por 44 bilhões de dólares, renomeando-o para X em julho de 2023.

Embora seja verdade que, em termos de volume de usuários, o X não esteja entre os maiores (cerca de 619 milhões em 2024), em termos de influência, ele desfruta de um alto nível de relevância social e midiática.

Diversas personalidades (de áreas tão variadas como esportes, política e negócios) utilizam essa plataforma para expressar opiniões ou fornecer informações como fontes oficiais, o que faz com que essas mensagens ultrapassem os limites da própria rede social, alcançando outras plataformas e até a imprensa tradicional.

O termo trending topic, já usado como sinônimo de assuntos de grande relevância e popularidade, surgiu justamente no Twitter como uma forma de organizar os dez tópicos de conversa mais importantes do momento, permitindo que os usuários os filtrem geograficamente.

Instagram


Fundado em 2010 por Kevin Systrom e Mike Krieger, o Instagram foi muito popular desde o início, alcançando mais de 100 milhões de usuários ativos em abril de 2012, data em que foi comprado pelo Facebook por 1 bilhão de dólares.

Embora originalmente focado em fotografias, essa rede social também conquistou grande popularidade com vídeos.

Duas funcionalidades do Instagram se destacaram entre os usuários: os stories (não sem polêmicas com o Snapchat, uma rede baseada na expiração de conteúdo, característica compartilhada com os stories) e os reels (semelhantes ao TikTok, com vídeos curtos aos quais podem ser adicionados sons pré-existentes).

Em 2024, o Instagram conta com cerca de 2 bilhões de usuários no mundo (quarto lugar nesse ranking), embora seja o primeiro em preferência como a rede social favorita, escolhida por 16,5% da população, com destaque especial entre os menores de 35 anos.

LinkedIn


Criado no final de 2002 (por Reid Hoffman, Allen Blue, Konstantin Guericke, Eric Ly e Jean-Luc Vaillant) e em operação desde maio de 2003, o LinkedIn é a grande rede social voltada para o mundo dos negócios e do emprego.

Em 2011, fez história ao se tornar a primeira rede social a abrir capital na bolsa, cinco anos antes de ser adquirida pela Microsoft por 26,2 bilhões de dólares.

Com a proposta de servir como um ponto de encontro entre empregadores e potenciais empregados, o LinkedIn também possui um aspecto voltado para a criação de uma comunidade sob uma perspectiva profissional.

Não deixe de conferir a atividade da Telefónica no LinkedIn.

TikTok

O TikTok, da China, é a mais jovem das redes sociais, lançado em seu país de origem em 2016 e caracterizado por vídeos curtos em formato vertical.

A quinta rede social com mais usuários em 2024, com 1,6 bilhão, experimentou um enorme crescimento de 50% em relação ao ano anterior.

Em termos de tempo gasto nos aplicativos de redes sociais, o TikTok ocupa o primeiro lugar, com uma média de 34 horas de uso por semana. Se considerarmos a duração de cada sessão, o TikTok está em segundo lugar, atrás apenas do YouTube, com 5 minutos e 56 segundos, em comparação aos 7 minutos e 25 segundos da plataforma de vídeos do Google, como mencionado anteriormente.

Não deixe de conferir a atividade da Telefónica no TikTok.

Twitch


Fundada em 2008 (e adquirida pela Amazon em 2014), a Twitch é a grande referência na transmissão de competições de eSports e outros eventos relacionados a videogames.

Como curiosidade, quatro dos seis canais com mais seguidores na Twitch em todo o mundo são espanhóis: especificamente Auronplay (segundo, com 26,4 milhões), Ibai (terceiro, com 15,7 milhões), Rubius (quarto, com 15 milhões) e TheGrefg (sexto, com 12 milhões). O ranking é liderado pelo americano Ninja, com 19 milhões de seguidores, e na quinta posição está o canadense xQc.

Não deixe de conferir a atividade da Telefónica na Twitch.

Redes sociais na Telefónica

Com mais de dois milhões e meio de seguidores, a Telefónica está presente em diversas redes sociais: desde as mais antigas até algumas das mais recentes, abrangendo uma ampla variedade de públicos e audiências.

Um exemplo de presença em novos espaços digitais é a Telefónica Town, uma cidade virtual no Roblox que a empresa anunciou recentemente.

Com conteúdo do Telefonica.

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