Em 1955, George de Mestral registrou a patente do Velcro, um sistema de fixação por ganchos e argolas, após observar como os carrapichos grudavam em suas calças e no pelo de seu cachorro. Ele trabalhou junto com um tecelão francês para desenvolver o fecho ideal, utilizando náilon costurado sob luz infravermelha, o que resultou em ganchos mais resistentes. No começo, o Velcro era usado apenas em artigos esportivos e equipamentos, devido à sua aparência pouco atrativa. Mais tarde, passou a ser adotado pela NASA em equipamentos espaciais e por marcas como Adidas, Puma e Reebok em calçados infantis.
Velcro. O nome te soa familiar? Ou talvez você conheça melhor aquele som característico e satisfatório que ele faz.
É claro que você conhece o Velcro, quem não conhece? Hoje em dia, o Velcro está presente nas coisas mais comuns que fazem parte do nosso dia a dia. De jaquetas comuns até equipamentos usados por astronautas em missões espaciais, o Velcro se espalhou por diversas áreas — e o melhor: faz isso com estilo!
Mas, por mais que você o utilize, será que sabe como o Velcro surgiu?
O Que É o Velcro?

Velcro, como costumamos chamar, é um fecho de ganchos e argolas muito comum em diversos produtos, como calçados, jaquetas, coleiras, suportes para chaves e vários outros itens utilizados em escritórios, cozinhas e garagens.
Na verdade, Velcro é o nome da empresa que criou originalmente o “objeto” que hoje conhecemos por esse nome. Portanto, nem tudo que prende e solta com aquela facilidade característica pode ser chamado de Velcro; na realidade, se uma empresa divulgar seu produto como Velcro sem autorização, pode acabar sendo processada e pagando caro por isso!
A Ascensão do Velcro

George de Mestral, um engenheiro elétrico suíço, é creditado como o inventor do Velcro. A forma como ele teve a ideia de criar esse item que hoje chamamos de Velcro é realmente impressionante.
Em uma manhã tranquila de 1948, Mestral saiu para caminhar com seu cachorro. Ao voltar, percebeu que o animal estava coberto de carrapichos — aqueles sacos de sementes que grudam no pelo. No entanto, o que realmente chamou sua atenção foram os carrapichos presos em suas próprias calças. Imediatamente, ele correu até seu microscópio para examinar os carrapichos grudados no tecido — sentindo que uma grande ideia estava surgindo.

Ao examinar mais de perto, ele percebeu que os carrapichos tinham pequenos ganchos que se prendiam firmemente às fibras do tecido de suas calças. Esse foi o momento “eureka” para ele — a primeira faísca da ideia que mais tarde se tornaria o Velcro o atingiu como um raio. Se ele conseguisse recriar esse mecanismo artificialmente, produzindo pares de ganchos e argolas que se encaixassem de forma segura, não seria mais necessário amarrar coisas o tempo todo, nem depender de zíperes (muito populares na época). Ele decidiu chamar o produto que criou de Velcro.
Como acontece com muitas invenções, o Velcro também foi alvo de críticas e zombarias, mas Mestral acreditava em seu projeto e continuou fazendo ajustes estruturais para melhorar a força de fixação. Ele se uniu a um tecelão francês para desenvolver um fecho ideal de ganchos e argolas. Notou que, ao costurar o náilon sob luz infravermelha, os ganchos do fecho ficavam mais resistentes, e aplicou essa técnica em sua criação. Mestral registrou a patente do Velcro em 1955.
Popularidade Instável
O Velcro não fez tanto sucesso no começo — em grande parte por causa de sua aparência pouco atraente. Ele era produzido em cores sem graça e costumava ser considerado “feio”. Por isso, seu uso inicial ficou restrito a artigos esportivos e equipamentos. Marcas como Adidas, Puma, Reebok e outras fabricantes de produtos esportivos passaram a utilizar tiras de Velcro em calçados infantis.
Até a NASA contribuiu para melhorar a imagem do Velcro, utilizando-o em diversos equipamentos enviados ao espaço com os astronautas. Na década de 1960, os astronautas das missões Apollo usaram Velcro para prender vários objetos com firmeza, sem depender de zíperes ou nós.

É incrível como eventos simples do nosso dia a dia podem se transformar em fontes de inspiração e inovação, dando origem a alguns dos produtos, ferramentas e dispositivos mais utilizados no mundo.
Em conclusão, a história do Velcro é um exemplo notável de como pequenas observações do cotidiano podem se transformar em grandes inovações. A curiosidade de George de Mestral ao observar os carrapichos grudados em seu cachorro e em suas calças levou à criação de uma solução simples, mas eficaz, para unir e separar materiais de forma prática. Apesar das dificuldades iniciais, como a falta de apelo estético e a resistência ao novo, o Velcro foi aprimorado ao longo do tempo e acabou conquistando uma enorme popularidade, com aplicações que vão desde equipamentos esportivos até as missões espaciais da NASA. Esse exemplo nos mostra que as ideias mais geniais podem nascer de situações cotidianas e que, com persistência, é possível transformar desafios em soluções inovadoras que impactam o mundo inteiro. O Velcro não é apenas um produto, mas um símbolo de como a observação, a experimentação e a adaptação podem gerar mudanças significativas na forma como vivemos e interagimos com o mundo ao nosso redor.
Com conteúdo do Science ABC.

Luiza Fontes é apaixonada pelas tecnologias cotidianas e pelo impacto delas no nosso dia a dia. Com um olhar curioso, ela descomplica inovações e gadgets, trazendo informações acessíveis para quem deseja entender melhor o mundo digital.